O Brasil encerrou 2024 com números alarmantes de dengue, marcando o ano como o mais crítico da história na luta contra a doença. Foram registrados 6,6 milhões de casos e mais de 6 mil mortes em todo o país, evidenciando a gravidade da situação de saúde pública.
Os números representam um aumento sem precedentes em relação aos anos anteriores, impulsionado por fatores como chuvas intensas, acúmulo de lixo em áreas urbanas e dificuldades no controle do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue. Além disso, a circulação de diferentes sorotipos do vírus agravou o cenário, aumentando as chances de infecções mais graves.
Os estados do Sudeste e Centro-Oeste foram os mais impactados, com municípios declarando situações de emergência e hospitais enfrentando superlotação. Algumas cidades, especialmente em áreas periféricas, relataram colapsos nos sistemas de saúde devido à alta demanda por atendimento.
Resposta e desafios
Em resposta, o governo intensificou campanhas de conscientização e adotou medidas emergenciais, como a ampliação de ações de fumacê e distribuição de repelentes. No entanto, especialistas alertam que o combate à dengue exige um esforço conjunto da população, com eliminação de criadouros em residências e maior investimento em saneamento básico.
O que esperar para 2025
A perspectiva para 2025 ainda é incerta. Embora o início do ano tenha trazido esperanças com o reforço de políticas públicas e campanhas educativas, as condições climáticas e a persistência de hábitos que favorecem a proliferação do mosquito preocupam especialistas.
A luta contra a dengue segue como um dos maiores desafios da saúde pública no Brasil, exigindo vigilância e engajamento contínuos para evitar que novos recordes negativos sejam alcançados.