Insegurança no Centro de Anápolis: o bairro vive um cenário de medo e insegurança. Um morador de rua, tem aterrorizado comerciantes, pacientes de clínicas e moradores da região com ameaças verbais, intimidações e até agressões físicas. A situação, que já se arrasta há semanas, expõe a falha gritante da Polícia Militar e da Prefeitura de Anápolis, que se mantêm inertes diante dos apelos desesperados da população.
A Gazeta Anápolis apurou que o homem circula diariamente pelas ruas do centro, abordando pessoas de forma agressiva, exigindo dinheiro e proferindo xingamentos. Em um caso mais grave, ele ameaçou uma secretária de uma clínica local, levantando a mão como se fosse agredi-la. O clima de tensão já afasta clientes e prejudica o comércio, enquanto as autoridades fingem que o problema não existe.
“A Polícia Nunca Vem”: Desespero dos Comerciantes
O diretor de uma clínica local, que preferiu não se identificar por medo de represálias, relatou à Gazeta Anápolis que já acionou a Polícia Militar inúmeras vezes, mas nunca obtiveram resposta.
— “Toda vez que ligamos, dizem que vão mandar uma viatura, mas ninguém aparece. Esse homem já ameaçou nossa equipe, assusta os pacientes, e nós estamos de mãos atadas. Até quando vamos ter que conviver com isso?”, desabafou.
Comerciantes também expressaram revolta. Maria Souza, dona de uma loja de roupas, afirmou que as vendas caíram porque os clientes evitam a região.
— “As pessoas estão com medo. Ele fica na porta da minha loja, xingando e ameaçando quem passa. Já perdi clientes que disseram não voltar mais. Cadê a segurança que a Prefeitura promete?”
Outro empresário, João Ricardo, dono de um restaurante, disse que já ofereceu comida ao morador de rua na tentativa de acalmar a situação, mas ele recusou e continuou com o comportamento agressivo.
— “Ele não quer ajuda, quer intimidar. E o pior é que ninguém faz nada. A PM passa de viatura, olha e vai embora. Parece que estão cegos para o problema.”
Ameaça Física e Sensação de Abandono
O caso mais grave ocorreu na última semana, quando o morador de rua invadiu uma clínica e ameaçou uma secretária. De acordo com relatos, ele gritou, bateu na mesa e levantou a mão como se fosse agredir a funcionária.
— “Foi aterrorizante. Ele chegou perto, falou que ia me bater se não desse dinheiro. Meus colegas tiveram que intervir. Onde está a polícia nessa hora?”, contou a jovem, que também não quis se identificar.
A Gazeta Anápolis tentou contato com a Polícia Militar para saber por que as ocorrências não são atendidas, mas não obteve resposta. O Centro POP, órgão responsável por assistência a moradores de rua, também não se manifestou. A Prefeitura de Anápolis, igualmente, ignorou os questionamentos.
Autoridades Inoperantes: Onde está o Básico?
Enquanto a população sofre, as autoridades parecem alheias ao caos. A omissão da Polícia Militar é escandalosa. Se um cidadão comum pode ser ameaçado impunemente no centro da cidade, o que dizer da segurança pública em Anápolis?
A Prefeitura, por sua vez, não cumpre seu papel social. Se o homem em situação de rua apresenta comportamento violento, ele precisa de atendimento especializado – seja assistência social, seja intervenção das forças de segurança. Mas, em Anápolis, a regra é o descaso.
Os moradores e comerciantes estão exaustos. Eles pagam impostos, sustentam a cidade, mas não têm o mínimo em troca: segurança.
— “Estamos abandonados. Se a polícia não age, se a prefeitura não age, quem vai nos proteger? Vamos ter que tomar justiça com as próprias mãos?”, questionou um morador, que preferiu não se identificar.
A pergunta que fica é: Quantos mais terão que ser ameaçados, quantos negócios terão que fechar as portas, quantos casos de violência precisarão acontecer para que as autoridades acordem?
Enquanto isso, o centro de Anápolis segue refém do medo – e do descaso de quem deveria agir.
Gazeta Anápolis exige respostas: Onde está a Polícia Militar? Onde está a Prefeitura? Até quando a população vai esperar?