PT aposta em “irmão” para atrair evangélicos

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O Partido dos Trabalhadores (PT) está ajustando sua estratégia de comunicação para conquistar maior apoio entre os evangélicos. A mudança mais emblemática envolve substituir o tradicional termo “companheiro” pelo mais familiar “irmão” ao se referir a eleitores e integrantes desse segmento religioso. A iniciativa reflete a busca do partido por ampliar sua base e dialogar com um público cuja influência no cenário político tem crescido significativamente.

Por que os evangélicos são estratégicos?

Com aproximadamente 70 milhões de adeptos no Brasil, os evangélicos têm mostrado força política crescente, sendo decisivos em diversas eleições recentes. Diante disso, o PT identificou a necessidade de se aproximar desse grupo, que historicamente tem demonstrado maior afinidade com partidos e líderes conservadores.

Linguagem e aproximação cultural

A adoção do termo “irmão” é parte de um esforço maior para se alinhar à linguagem e valores do público evangélico. Além disso, o partido tem promovido debates internos e realizado eventos voltados para líderes religiosos, buscando entender melhor suas demandas e perspectivas.

Reações dentro e fora do partido

A mudança não foi unanimidade dentro do PT. Alguns membros expressaram preocupação com a descaracterização de tradições históricas do partido. Já outros avaliaram a estratégia como necessária para superar barreiras ideológicas e alcançar novos eleitores.

No campo adversário, a movimentação foi vista como um reconhecimento da importância do eleitorado evangélico, mas também foi alvo de críticas por ser interpretada como uma tentativa oportunista de conquistar votos.

Uma estratégia para 2026?

Especialistas acreditam que o movimento do PT tem relação direta com as eleições de 2026. A disputa presidencial promete ser acirrada, e o apoio evangélico poderá ser um fator decisivo na formação de alianças e na consolidação de candidaturas.

Com essa nova abordagem, o PT dá um passo ousado para dialogar com um público que, até então, parecia distante de suas tradições. Resta saber se a estratégia será suficiente para gerar frutos no campo político e eleitoral.

Foto: Ricardo Stuckert/PR

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